A saudade que não passa

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Enquanto estou aqui, olhando para as paredes e pensando por tudo que já passei, começo a reviver aos poucos aquela saudade de você. Aquela saudade que não passa, que machuca de mansinho, sem ninguém perceber. Essa que eu sinto quando fico deitada nessa cama imensa e vazia. E quanto mais eu penso, mais sinto sua falta e fico sem saber o que fazer.

As pessoas me dizem que vai passar, que a dor de perder um amor é assim mesmo, que no começo dói demais e que quando menos se espera ela passa, mas pra mim parece que não tem fim. Parece que a dor piora a cada dia ou a cada madrugada que eu acordo sentido falta de você. Uma madrugada como essa.

Meu coração dói, como se quebrasse aos poucos e eu não tivesse forças para reconstruí-lo. E eu não tenho ou, pelo menos por agora, não quero ter. Na minha vida, você é saudade que não passa, é um vazio que não consigo preencher. Dói. Dói demais.

Eu ando pela casa procurando por algo que não vou encontrar, até chegar na varanda e observar a cidade, que enquanto eu ando sem sono, dorme se preparando para o amanhã. Você sabia que eu apaguei tudo aquilo que me fazia lembrar de você? Cada foto, cada conversa, cada texto que eu escrevi. No começo me pareceu uma bobagem, mas agora eu entendo que tirei todas as oportunidades de chorar olhando pra uma foto nossa. Ou até mesmo, lendo várias das conversas que tivemos que me fizeram feliz.

E agora, nessa madrugada, eu fico encarando a cidade enquanto me apego a pequenas lembranças de nós dois, as boas e as ruins. Sem medo e sem vergonha de admitir que você fez parte da minha vida e que eu sinto falta de você. Pois, na minha vida, você é saudade que não passa.

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